sábado, 19 de janeiro de 2013

The Dark Side of the Moon - Parte 1

   Impressionante como a música tem um poder de trazer imagens que somente estão na sua memória; lembranças de outros tempos e de momentos que ganham um brilho muito especial porque ela os requintou, a eles deu sentido, e aquele arrepio que dá na alma ao ouvir a música que nos traz uma boa lembrança parece fazer tudo mudar. Seu humor já não é mais o mesmo, sua vida fica mais leve e parece que faz querer realizar uma boa ação imediatamente: pode ser ligar pra família, sair com a namorada, a esposa, a companheira, sair com os amigos, dar um 'oi' mais sincero para o porteiro, para o zelador, para o recepcionista, para o balconista, faz querer praticar atividade física de forma empolgada e achar que tudo é possível a partir daquele momento... É algo misterioso, mas realmente acontece! Mais interessante é que este álbum foi criado e lançado quando eu ainda não era nem uma ideia por parte dos meus geradores, mas o poder que ele exerce em minha vida, trazendo à tona momentos eternos, imagens de uma natureza bela e escondida, particular à minha concepção, e também recordações com um profundo efeito nostálgico, é algo notável. Lembro-me particularmente daquela viagem...


Pink Floyd (da esquerda para a direita: Nick Mason, Syd Barrett, David Gilmour, Roger Waters e Richard Wright)

David Gilmour (ídolo pessoal)

Roger Waters

Syd Barrett (1946-2006)

Richard Wright (1943-2008)

Nick Mason

   Formado em 1965 por quatro estudantes universitários ingleses, o Pink Floyd inicialmente era composto por Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett. Este último era o mentor criativo do grupo no álbum inicial e nos primeiros singles; após alguns títulos para a banda, ele cunhou o nome 'Pink Floyd' justapondo os primeiros nomes de Pink Anderson e Floyd Council, dois músicos de blues, americanos, sobre quem ele tinha lido numa nota sobre um LP de 1962 de Blind Boy Fuller (um guitarrista de blues, também americano), por Paul Oliver, um historiador inglês de arquitetura e estudioso de ritmos afro-americanos. Ele nomeou seus dois gatos de estimação de Pink e Floyd. Syd também gostava de dizer que o título foi transmitido a ele por um disco voador enquanto ele estava sentado na Glastonbury Tor, uma colina em Glastonbury, Somerset, Inglaterra. Com uma personalidade cada vez mais doentia, errática, imprevisível, e seu grande envolvimento com drogas (especialmente o LSD), ele acabou deixando o grupo em abril de 1968, e nesta época o grupo já era composto por um quinteto, já que em dezembro de 1967, pouco antes de Syd deixar a banda, a ela passou a se integrar David Gilmour, que juntamente com Nick Mason permanecem como os componentes originais da banda nos tempos modernos (a banda terminou em 1995 e reuniu-se novamente em 2005). Especula-se que Syd Barrett era acometido por esquizofrenia, ou ainda por transtorno bipolar e mesmo por Síndrome de Asperger, um espectro do autismo. Em 1979, Richard Wright, o tecladista, deixou o grupo, seguido de Roger Waters, o baixista e um dos principais mentores do grupo após a saída de Syd, em 1985. Wright faleceu em 2008, dois anos após a morte de Syd Barrett. Tendo lançado oficialmente 14 álbuns de estúdio, o Pink Floyd conquistou sucesso mundial com sua música psicodélica e progressiva, sendo reconhecido também pelo uso de letras filosóficas, experimentação com o som e shows ao vivo bastante elaborados. 


Show do Pink Floyd em 1989 em Veneza, Itália (uma das demonstrações das grandezas nos shows)

Pulse, show do Pink Floyd em 1994 (outra demonstração de grandiosidade em shows)

   Condensando as explorações sonoras de Meddle, álbum de 1971, com verdadeiras músicas, adicionando-se uma produção exuberante e impecável para suas seções instrumentais viajantes, o grupo inadvertidamente projetou seu marco comercial com o álbum The Dark Side of The Moon (DSotM). A principal revelação do DSotM é o que um pouco de foco faz por uma banda. Waters escreveu uma série de canções sobre situações mundanas, detalhes cotidianos que não são tão impressionantes em si, mas quando acoplados ao pano de fundo sonoro lento, com paisagens sonoras atmosféricas e efeitos sonoros cuidadosamente colocados do Floyd, este conjunto de canções alcança uma ressonância emocional. Mas o poder verdadeiro do álbum é a música sutilmente texturizada, que evolui a partir do rock mais intenso, neo-psicodélico ao jazz fusion e ao blues/rock antes de voltar novamente à psicodelia. É denso em detalhes, mas com cadência de ritmo gradativa, criando seu próprio mundo escuro e assustador. Como música envolve emoção e cada um tem sua opinião acerca do que pode ser o melhor álbum de uma banda, pode-se dizer que talvez haja um álbum melhor do grupo do que o DSotM, mas, com certeza, nenhum disco define tão bem o Pink Floyd quanto este.


Capa do álbum The Dark Side of the Moon,  de 1973
 
   Embora o álbum DSotM tenha sido lançado somente em março de 1973, o conceito e composição das músicas foram desenvolvidos antes, tendo sido resgatadas de gravações prévias não aproveitadas e divulgadas mesmo em turnês da banda pelo mundo, o que permitiu o acabamento perfeito das belíssimas e viajantes canções que ficaram eternizadas por fãs e não fãs. É o oitavo álbum de estúdio do grupo e, à sua apresentação inicial, percebeu-se que não continha as excursões instrumentais extendidas que caracterizaram seus trabalhos após a saída do guitarrista, principal letrista e um dos fundadores, o Syd, em 1968. Os temas do trabalho, alguns já comentados anteriormente, envolvem conflitos, ganância, a passagem do tempo, a doença mental, entre outros, tendo sido este último tema parcialmente inspirado na deterioração do estado mental de Barrett. Interessante que foi ideia de Roger Waters, o principal letrista após a saída daquele, lançar um álbum conceitual que lidasse com coisas que deixam as pessoas malucas, inspirado também pelo estilo de vida árduo que a banda levava em várias e várias turnês. O material que foi reunido ficou inicialmente conhecido por The Dark Side of the Moon, mas este nome teve que ser mudado para Eclipse após a descoberta de que aquele título já tinha sido usado por um outro grupo, conhecido por Medicine Head; como o álbum homônimo desta banda acabou não fazendo sucesso, o Pink Floyd acabou resgatando o título anterior. É válido notar, ainda, que o título faz alusão mais à alienação mental do que à astronomia, tanto que antes de ser lançado foi apresentado à imprensa como The Dark Side of The Moon: A Piece for Assorted Lunatics.
   A produção da capa do álbum foi desenvolvida pela companhia Hipgnosis, na verdade com Storm Thorgerson e Aubrey Powell como produtores, tendo o design sido desenvolvido por aquele, e a ilustração por George Hardie. O tecladista, Richard Wright, sugeriu à companhia criar algo limpo, elegante e simples, além de gráfico, e não fotográfico. A ideia em si surgiu em um livro de física, onde se encontrou uma imagem de luz atravessando um prisma; ao ver a ilustração, associou-se a mesma à iluminação dos shows do grupo e aos temas que se desenvolviam nas letras de Waters para o álbum (ambição e loucura). A formatação de uma imagem triangular realça justamente a junção destes três grandes motivos a serem mesclados na capa altamente enigmática. A junção dos espectros com a ilustração na contra-capa do álbum e com o interior deste realça a importante ideia de encadeamento das canções, a ideia de um álbum conceitual.Os batimentos cardíacos ouvidos na primeira canção do disco, 'Speak to Me', são apresentados graficamente no espectro de luz no interior do álbum, em uma de suas cores. Percebe-se que, no espectro de luz que é emitido após a luz atingir o prisma, somente 6 cores são representadas, com a ausência do anil; há teorias que falam que esta cor esteve ausente pela dificuldade técnica à época de colocar uma cor tão parecida com o violeta, e há quem diga que representa a ausência de Syd Barrett no grupo em um disco tão inspirado nele (embora não tenha havido 7 componentes originalmente no grupo, mas 5). O encarte no interior contém diversas imagens de temas com pirâmides e triângulos, e, em resumo, tudo isto representa, de forma simples e elegante, como quis Wright, a mistura de som e luz que é o Pink Floyd.


Capa e contra-capa do álbum mostrando a continuidade das ilustrações


Capa interior do álbum, em continuidade com a capa e contra-capa

Algumas ideias e temas triangulares e piramidais no interior do encarte


   Interessante tentar perceber, ainda, a que pode remeter a essência do álbum. Quer dizer, fazer alusão à alienação mental com um título astronômico enigmático é, no mínimo, instigante. Os homens sempre vêm tentando descobrir que há vida fora do nosso planeta, e lá no alto, nossa belíssima Lua, o satélite solitário, tem somente uma face voltada para nós; a outra, enquanto escura, não nos é visível, mas está virada para o universo lá fora, para todo o espaço sideral. Mas, a metáfora com o título e a ideia do álbum está justamente nisto; quer dizer, o disco não trata particularmente da vida fora da Terra, para além dela, ou do espaço, ou de alienígenas, ou do cosmos, ou destas coisas astronômicas, mas daqui mesmo, do nosso planeta, onde tentamos viver sob a mesma Lua, sob o mesmo Sol, e no qual cada ser humano parece ser inerte, vivendo seus próprios conflitos, com seus próprios demônios, e, nisto, cada ser humano tendo o seu lado negro. Em um raro fenômeno astronômico, a Lua encobre o Sol (o eclipse solar), e nós, aqui na Terra, só em alguns lugares podemos presenciar tal efeito visualmente; daí surge outro insight: ora, em nosso cérebro há talvez tantas ou mais células do que o número de estrelas lá fora, no espaço sideral, e existem tantas estrelas quantos grãos de areia cá no nosso planeta - se somos capazes de enxergar e perceber a grandeza do nosso universo, então, talvez, sejamos tão grandes como é tudo isto que está lá fora. Assim, nosso cérebro, pequeno em relação às dimensões do que está no universo, não deixa, nem por isto, de ser tão complexo quanto ele; e a questão do eclipse talvez se represente em nós como uma tentativa de tentar encobrir o verdadeiro sentido de nossas vidas ao mostrar o nosso lado negro. Como a Lua, encobrindo aos poucos a luz do Sol, apagando-a gradativamente, de certa forma nós vamos deixando o lado negro ser a única parte evidente, e talvez o fim de nossa vida, a morte, ganhe todo o sentido, a ideia de ciclo que se completa; assim, no final de tudo, não há lado negro, na verdade, tudo é escuridão. A última frase do álbum é justamente isto: 'There is no dark side in the moon, really. As a matter of fact, it's all dark'. E aí, acho que o mais interessante nisto é que o Sol possui energia suficiente para nos destruir rapidamente; isto não ocorre por alguns caprichos da natureza. E, este Sol, não podendo se manter imponente e visível quando de um eclipse solar, já que não o vemos, mas somente um lado escuro da Lua, assim também somos nós, lutando contra o lado negro de nossas vidas o tempo todo, insistindo em sobreviver e viver. É um tanto transcendental e filosófica estas elucidações, mas é bem verdade de certo modo.
   O álbum foi gravado em duas sessões no Abbey Road Studios, em Londres, Inglaterra, entre maio de 1972 e janeiro de 1973. A primeira canção a ser gravado foi 'Us and Them', seguida, seis dias depois, por 'Money'; depois, viriam os registros de 'Time' e 'The Great Gig in the Sky'. Daí, veio uma pausa de dois meses, em que a banda se dedicou a suas famílias e se preparou para a turnê americana de 1972. Com relação a 'The Great Gig in the Sky', uma cantora convidada, que frequentemente se apresentava em gravações em sessões no estúdio (uma espécie de freelancer para músicas de outras bandas), foi convidada pelo engenheiro de som e produtor que estava envolvido no disco, Alan Parsons; o nome da cantora é Clare Torry. É válido dizer que o que se escuta na música é muito criação dela mesma, e o resultado foi muito comemorado por Richard Wright. Na época, ela recebeu 30 libras pelo trabalho (hoje seria o equivalente a 300 libras), mas em 2004 ela brigou por royalties afirmando ter sido uma das co-autoras da música, juntamente com Wright; ela obteve sucesso nesta empreitada, mas os termos do acordo seguem em discussão. O fato é que, após 2005, a imprensa se refere sempre a esta música como de autoria de ambos: Wright e Torry. Bom, mas retornando da turnê americana, que só terminou em janeiro de 1973, o grupo gravou 'Brain Damage', 'Eclipse', 'Any Colour You Like' e 'On The Run'. Os trabalhos que viriam na instrumentação de 'Speak to Me' e o início de 'Money' e 'Time' foram notáveis. Os batimentos do coração humano que podem ser ouvidos em 'Speak to Me', 'On the Run', 'Time' e 'Eclipse' dão a ideia de continuidade do álbum, e foram criados por uma espécie de tambor adaptado. Os relógios do início de 'Time' foram inicialmente criados como um teste quadrifônico de Parsons; o engenheiro gravou cada som de relógio de uma relojoaria antiga, e, embora estas gravações não tenham sido criadas especificamente para o álbum, elementos do material foram usados na faixa. Os sons ouvidos no início de 'Money' foram criados ao se misturar sons gravados por Waters de moedas se chocando, papel se rasgando, uma caixa registradora em funcionamento e uma máquina de somar sonora.


Alan Parsons

Clare Torry

   No tocante às ideias das canções, cada lado do álbum (como conceito de LP) é uma peça de música contínua. As cinco faixas de cada lado refletem vários estágios da vida humana, começando e terminando com uma batida de coração, explorando a natureza da experiência humana e da empatia. 'Speak to Me' e 'Breathe', juntas, ressaltam os elementos mundanos e fúteis da vida que acompanham a sempre presente ameaça de loucura e a importância de se viver a própria vida. Ao se mudar a cena para um aeroporto, em 'On the Run', os sons evocam a ansiedade das viagens modernas, em particular o medo de voar de Wright. Em 'Time', analisa-se a maneira como a passagem do tempo pode controlar a vida de cada um e apresenta uma dura advertência para aqueles que mantêm o foco em aspectos mundanos, o que quase sempre é seguido de um retiro na solidão, como apresentada em 'Breathe (Reprise)'. O primeiro lado do álbum termina com Wright e a vocalista Clare Torry em uma metáfora espiritual para a morte, em 'The Great Gig in the Sky'. Iniciando-se com sons de caixas registradoras, a primeira canção do segundo lado, 'Money', zomba da ganância e do consumismo com letra sarcástica e aparentemente pouco séria e com diversos efeitos sonoros que lembram o dinheiro (ironicamente, esta música tem sido a de maior sucesso comercial do álbum, inclusive com diversas versões cover por parte de outras bandas). 'Us and Them' aborda o isolamento do deprimido com o simbolismo do conflito e o uso de simples dicotomias para descrever relacionamentos pessoais. 'Any Colour You Like' remete à falta de escolha que se tem na sociedade. 'Brain Damage' lança um olhar sobre a doença mental como resultante do ganho de fama e do sucesso, estando estes acima das necessidades do 'eu'. O álbum termina com 'Eclipse', que envolve os conceitos de alteridade e de unidade, enquanto obrigando o ouvinte a reconhecer os traços comuns compartilhados pela humanidade.
   Outra ideia interessante apresentada no álbum são trechos de falas entre e ao longo das músicas. Durante as sessões de gravação, Waters recrutava o pessoal da equipe de produção e os ocupantes temporários do estúdio para responder uma série de perguntas impressas em cartões. As entrevistas tinham lugar em frente a um microfone em um estúdio escuro e diversas eram as perguntas, tais como: 'Qual a sua cor favorita?', 'Qual a sua comida preferida?', e ia chegando a temas mais contudentes e centrais no conceito do álbum, como 'Quando foi a última vez que você foi violento?', esta seguida imediatamente por 'Você estava com a razão?'. As falas mais notáveis entre estas respostas são 'I am not frightened of dying. Any time will do: I don't mind. Why should I be frightened of dying? There's no reason for it - you've got to go sometime' e 'there is no dark side in the moon, really. As a matter of fact, it's all dark' e foram proferidas pelo porteiro irlandês do estúdio, Gerry O'Driscoll. Paul McCartney e Linda McCartney também foram entrevistados, mas suas respostas não foram colocadas no álbum porque observa-se um 'grande esforço em parecer engraçado'.


Gerry O'Driscoll

   Tendo sido um sucesso comercial desde o seu lançamento, estima-se que já foram vendidos em torno de 50 milhões de cópias pelo mundo até hoje. Foi remasterizado e relançado por duas vezes e tem sido alvo de covers incessantemente. Dois singles foram lançados e também são sucesso indiscutível comercialmente: 'Money', lançado em 7 de maio de 1973, e 'Time'/'Us and Them', lançado em 4 de fevereiro de 1974. É o álbum mais popular do Pink Floyd entre fãs e críticos e é frequentemente apresentado em rankings como um dos maiores álbuns da história do rock em todos os tempos.
   Uma última observação que parece mais um ato de presunção do que qualquer outra coisa é o que se convencionou chamar de Dark Side of the Rainbow, ou de Dark Side of Oz ou The Wizard of Floyd, que seria uma sincronização do álbum DSotM com o filme O Mágico de Oz, de 1939. No filme acoplado às músicas do álbum, há momentos em que o álbum e o filme parecem corresponder perfeitamente um ao outro. Os membros da banda e outros envolvidos na produção do álbum afirmam e sempre afirmaram que qualquer relação entre ambos é mera coincidência. Um importante aspecto que é frequentemente discutido seria a respeito das dificuldades técnicas que haveria para o grupo e a produção ao mesmo tempo observar o filme e tentar sincronizar com os sons e as músicas em si do álbum. Além disto, é pouco provável que o processo de criação não tenha sido livre, mas atrelado a ideia do filme em cada momento particular; não creio que haja alguma relação na verdade, mas uma coincidência instigante. As coincidências são diversas, como por exemplo quando Dorothy começa a correr e canta-se o verso 'no one told you when to run' de 'Time'. Imaginação sem limites! Se quiser gastar um tempo em ver esta estranha coincidência, deixo o vídeo que ficou famoso; o bom de assistir a ele é que você passa a conhecer, na íntegra, a versão de estúdio do álbum.




   Enfim, trata-se de um álbum muito importante na história da arte e extremamente requintado, mostrando o que é possível se criar a partir do imaginário humano, e como isto pode se refletir perfeitamente no gosto e nas emoções de outras pessoas. Ainda lembro daquela viagem; enquanto subindo a serra, imaginava o poder daquelas músicas, daquelas letras, com reflexões muito incisivas em minhas percepções naquele momento, e vendo a natureza como a via naquele instante, as músicas faziam um sentido sem fim, e também me faziam viajar de volta para casa, para perto do mar, para memórias de outros tempos, e mais sentido surgia. Em alguns momentos, enquanto dirigia, minha esposa dormia, e enquanto eu guiava o carro, era como se as canções me levassem pelo percurso perfeito. Acho que muito se vive ao se aprofundar neste disco, um marco em muitas vidas e que reforça o poder da arte na existência humana. Eterno, sem dúvida! Obra-prima indiscutível! Na próxima semana, complementarei esta postagem aprestando as ideias de cada canção em si, discutindo suas letras, seus sons, etc. Uma boa semana a todos! Por enquanto, se você ainda não conhece o álbum, deixo uma versão ao vivo para você ouvir, sem compromisso, à toda a sua execução. Deleite-se com o Pink Floyd, a banda de 'som e luz'!



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